António Grosso
Militante trotskista desde 1973 e sindicalista
Sem sectarismos políticos ou vaidades de galões
Aquilo que sei e destaco sobre Varela Gomes não resulta do convívio pessoal, mas de alguma literatura, particularmente a de António Louçã, e de conversas várias (na Revista Versus não cheguei a contactá-lo, por ausências minhas).
É justo hoje destacar qualidades de um revolucionário, um destemido e um genuíno anti-burocrata. Se dizemos que hoje faz falta um novo 25 de Abril, logo podemos dizer que, nesse novo momento revolucionário, faria falta, desta vez, Varela Gomes.
Além da reconhecida coragem, realço a virtude de ser um anti-burocrata que, seguramente, não ficaria atado a organismos de comando hierárquico. Ele é conhecido por ter na mira os movimentos de sectores militares ou de massas que gerassem mudança significativa em favor da revolução; não para os liderar necessariamente, mas para os incentivar, os apoiar, sem criar obstáculos, sem sectarismos políticos ou vaidades de galões. O importante era andar para a frente e sem medo. O importante era triunfar contra os inimigos do povo. Por isso, hoje faria falta, sim!